A julgar pelas sondagens, o Syriza já convenceu os gregos. Agora, quer agora convencer a Europa que existe um caminho alternativo à austeridade.
Na quinta-feira, no comício da Praça Omonia, em Atenas, marcaram presença muitos dirigentes da esquerda europeia, incluindo as bloquistas Catarina Martins e Marisa Matias.
Mas só um subiu ao palco: Tsipras já tinha terminado o discurso, mas voltou para chamar Pablo Iglesias, o líder do espanhol Podemos, outro fenómeno de popularidade que ameaça os partidos do centro.
Uma canção celebrou o facto: “First We Take Manhattan”, de Leonard Cohen. As letras foram entendidas como aviso: “First we take Manhattan, then we take Berlin” (Primeiro tomamos Manhattan, depois tomaremos Berlim). Iglesias falou em grego e terminou gritando em castelhano, acompanhado pelos milhares se acotovelavam na praça, “venceremos”.
O cenário era pleno de simbolismo: Iglesias e Tsipras juntos em palco, líderes de uma esquerda emergente e com hipóteses reais de vir a ser governo.
Nesta altura, na Grécia, não restam muitas dúvidas: o Syriza vai ganhar. Resta saber por quanto.
Fonte: RR